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sábado, 12 de maio de 2012

- PARA REFLEXÃO - 13 DE MAIO


Kabengele Munanga
Professor Titular, Universidade de São Paulo
Diretor, Centro de Estudos Africanos da USP


“(...) ecoa dentro de muitos brasileiros, uma voz muito forte que grita; “não somos racistas, os racistas são os outros, americanos e sul-africanos brancos”. Essa voz forte e poderosa é o que costumamos chamar “mito de democracia racial brasileira”, que funciona como uma crença, uma verdadeira realidade, uma ordem.”

“As diferenças percebidas entre “nós” e os “outros” constituem o ponto de partida para a formação de diversos tipos de preconceitos, de práticas de discriminação e de construção das ideologias delas decorrentes.”

“As várias formas de preconceitos que descrevemos podem levar a várias formas de discriminação (...). As discriminações têm diversas maneiras de se expressar: evitação, rejeição verbal (piada, brincadeira e injúria), agressão ou violência física, segregação especial e tratamento desigual.”

“(...) a discriminação no sentido restrito do termo significa a passagem de uma simples atitude preconceituosa à uma ação observável e às vezes mensurável. A ação é praticada quando a igualdade de tratamento é negada a uma pessoa ou grupos de pessoas em razão de sua origem econômica, sexual, religiosa, étnica, racial, lingüística, nacional, etc. diferente da origem do discriminador.”